De Valongo Ao Paraíso

Projeto Espeleológico

Entidade: GEM – Grupo de Espeleologia e Montanhismo
Coordenação: (N3) Pedro Agiuar; pedroaguiar.espeleo@gmail.com


 

Contextualização

Com o culminar da primeira fase do Projeto Espeleológico de Valongo, levado a cabo pelo GEM- Norte [1], denominado “Contributo para o conhecimento do património mineiro do concelho de Valongo – exploração espeleológica da vertente Nordeste da Serra de Sta. Justa[2], com uma leitura atenta das mais recentes publicações sobre o património do concelho de Valongo [3], e com as diversas incursões espeleológicas no território que o GEM tem desenvolvido desde 2014, permanece evidente que o património mineiro abandonado, em especial associado à exploração de ouro da época romana, trespassa os limites do concelho, os limites do atual Parque das Serras do Porto e dispersa-se por todo o distrito auri-antimonífero Dúrico-Beirão [4], tanto em trabalhos de mineração primária como secundária [5].
 
Torna-se também claro que a zona urbana de Valongo se expandiu sobre cavidades artificiais, cuja consciência atual é diminuta devido a aterros, em prol do desenvolvimento urbano e da segurança, ou porque simplesmente se encontram em propriedade privada cujo acesso é condicionado.
 
O conceito de cavidades artificiais 6 engloba, entre outras, tanto minas metalíferas, como as de captação e/ou depósitos de água, cujo conhecimento é também reduzido e muitas vezes confundido, o que torna de extrema relevância o seu estudo, por conterem água, bem essencial e escasso, do qual as populações se servem para consumo próprio ou apoio à agricultura.
 
O apuramento do estado da arte, relativamente ao estudo de cavidades artificiais, impelem à investigação multidisciplinar com apoio preponderante da espeleologia em áreas mais condicionadas, como é o caso de centros urbanos, ou áreas geográficas hostis, como as zonas montanhosas densamente arborizadas e escarpadas de difícil acesso cujos meios mais recentes de deteção remota (LiDAR), encontram ainda algumas barreiras de processamento à superfície.
Objetivo
Pesquisa, prospeção e exploração espeleológica em zonas específicas do centro urbano de Valongo, e em toda a área a sudoeste do mesmo concelho, em direção à localidade de Paraíso, Castelo de Paiva, com especial enfoque nos meandros de rios e ribeiros.
Calendarização
Atividades a definir em função da meteorologia e da disponibilidade das equipas envolvidas. Datas previstas: Mar; 14 Abr; 12 Mai; 9 Jun; 14 Jul; 11 Ago; 8 Set; 13 Out; 10 Nov.

[1] GEM – Grupo de Espeleologia e Montanhismo [https://www.gem.pt/].
[2] Publicações GEM [https://gem.pt/1/publicacoes/cavidades-artificiais/].
[3] Dias, Lino et. al.; Os romanos em Valongo. Vol. 1; Câmara Municipal de Valongo; Valongo, 2022; ISBN:978- 989-54573-5-9.
[4] Couto, Helena; As Mineralizações de Sb-Au da Região Dúrico-Beirã, Tese Doutoramento; Centro de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto; Porto, 1993.
[5] Rodríguez, Roberto; La Minería Aurífera Romana del Noroeste Hispano: una visión desde la ingeniería de minas actual; Tesis Doctoral; Escuela Técnica Superior de Ingenieros de Minas; Universidad Politécnica de Madrid; Madrid, 2021.
[6] Parise, Mario et. al.; Classification of Artificial Cavities: A First Contribution by the UIS Comission; 16th International Congress of Speleology; Czech Republic, Brno; July 21 –28, 2013.