
Rodrigues, Paulo 1,2,3
- Grupo de Espeleologia e Montanhismo, Rua General Pereira de Eça, nº30, 2380-075 Alcanena
- Núcleo dos Amigos das Lapas Grutas e Algares
- Comissão Científica da Federação Portuguesa de Espeleologia,Estrada Calhariz de Benfica, 187, 1500-124 Lisboa
Resumo
Introdução
Localização
Antecedentes
Enquadramento Estratigráfico e estrutural
Espeleometria e descrição da gruta
Controlo estrutural

(Foto: Samuel Lopes – GEM)
i) A gruta formou-se na zona freática, de acordo com a definição de Bögli, 1980, como evidenciado pela secção arredondada e vagas de erosão existentes na gruta. O controlo estrutural pelas camadas é também típico de grutas de origem freática. A gruta é atualmente um troço fossilizado de um antigo coletor que, com a descida relativa do nível de base, passou para a zona vadosa inativa. A descida do nível de base estará associado à movimentação tectónica, dada a cota elevada a que a galeria da gruta se desenvolve, 430m a 405m e à proximidade à Falha de Alvados-Minde, que de acordo com Cabral e Ribeiro, 1988, é uma falha ativa;
ii) A gruta desenvolveu-se num nível de água suspenso. O nível de água poderá ter ficado suspenso devido à presença de uma camada ou camadas margosas (menos permeáveis). Uma situação semelhante à da gruta da Cova da Velha que se desenvolve na mesma formação, embora a cotas inferiores. Só que ao contrário do que se passa na Cova da Velho a camada margosa terá sido erodida pela água e sedimentos que circulavam na gruta, permitindo a infiltração da água em profundidade na formação de Chão das Pias.
Agradecimentos
Referências bibliográficas
- Crispim, J.A (1995) – Dinâmica Cársica e Implicações Ambientais nas Depressões de Alvados e Minde. Dissertação apresentada à Universidade de Lisboa para a obtenção do grau de Doutor em Geologia, especialidade de Geologia do Ambiente. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Departamento de Geologia.
- Bögli, A. (1980), Karst Hydrology and Physical Speleology, Springer-Verlag, Berlin Heildelberg New York.
- Manupella, G., Telles Antunes, M., Costa Almeida, C.A., Azerêdo, A.C., Barbosa, B., Cardoso, J.L., Crispim, J.A., Duarte, L.V., Henriques, M.H., Martins, L.T., Ramalho, M.M.; Santos, V.F.; Terrinha. P.; (2000). Carta Geológica de Portugal – Vila Nova de Ourém, Folha 27-A, à escala 1:50.000, e Nota Explicativa, Instituto Geológico e Mineiro, Lisboa.
- Martins, Alfredo Fernandes, 1949. – Maciço calcário estremenho: Contribuição para um estudo de geografia física. Coimbra.
- J. Cabral e A. Ribeiro, 1988, Carta Neotectónica de Portugal Continental, na escala de 1:1.000.000 Categoria: Cartografia, Cartografia em Papel, Instituto Geológico e Mineiro, Lisboa.