Artigo_Alecrineiros3
Algares do Cabeço dos Alecrineiros - Parte III
25 de Julho de 2016

Ribeiro, José 1,2; Lopes, Samuel 1,4; Rodrigues, Paulo 1,2,3

  1. Grupo de Espeleologia e Montanhismo, Rua Maria Veleda, 6, 7ª Esq, 2650-186, Amadora, Portugal
  2. Núcleo dos Amigos das Lapas Grutas e Algares 
  3. Comissão Científica da Federação Portuguesa de Espeleologia, Estrada Calhariz de Benfica, 187,  1500-124 Lisboa
  4. Wind-CAM – Centro de Atividades de Montanha, Rua Eduardo Mondelane, lj44, 2835-116 Baixa da Banheira

 

Introdução

Procurámos, alimentados pelo cadastro de São Bento, aqui e ali, seguindo a vontade de desbravar o desconhecido por novos algares e pelas segredos neles contidos. Desta feita, aqui na III parte dos Algares do Cabeço dos Alecrineiros, apresentamos mais dois algares, de grande beleza, da zona em estudo.  A saber os algares do Ponteiro e do Vento. 
Algar do Ponteiro
Figura 1– Entrada do Algar do Ponteiro
(Foto: Samuel Lopes – GEM/WIND)
Desenvolvimento total: 33m, Desnível: 15m. 
 
A cavidade abre-se à superfície num poço de 7m, dando acesso a uma pequena galeria, onde através qual se chega a uma diáclase de direção NW-SE, ao longo da qual se desenvolve o resto da cavidade.
 
A progressão na cavidade obrigou à realização de várias desobstruções realizadas por Orlando Elias do Núcleo de Espeleologia de Leiria (NEL), numa das quais se teve acesso a uma pequena galeria já antes identificada pelo SSAC.    

O algar é um vadose shaft que aparenta desenvolver-se ao longo de famílias de fraturas de direção aproximada NW-SE, E-W e NE-SW.    
Figura 2a – Planta do Algar do Ponteiro
Figura 2b – Perfil do Algar do Ponteiro
Figura 2c – Ficha de Equipagem do Algar do Ponteiro
Fotos do Algar do Ponteiro por Samuel Lopes (GEM/WIND)
Algar do Vento
Desenvolvimento total: 80m, Desnível: 18m.
 
A gruta acede-se a partir de um poço de 6m, chegando a uma galeria, onde se encontra um poço. Descendo o poço entra-se numa outra galeria de desenvolvimento NW-SE, concrecionada, separada por uma pequena passagem a outra galeria, ainda mais concrecionada e de grande beleza. Na base desta galeria através de uma zona estreita preenchida por blocos abatidos, é possível vislumbrar a base da galeria anterior. A zona mais profunda do algar encontra-se coberta com “couve flor”, indiciando que terá existido ali um lago.
 
 
O algar é um vadose shaft que aparenta desenvolver-se ao longo de famílias de fraturas de direção aproximada NW-SE e N-S.
Figura 3 – Entrada do Algar do Vento (Foto: Samuel Lopes – GEM/WIND)
Figura 4a – Planta do Algar do Vento
Figura 4b – Perfil do Algar do Vento
Figura 4c – Ficha de Equipagem do Algar do Vento
Fotos do Algar do Vento por Samuel Lopes (GEM/WIND)

Agradecimentos

Agradecemos em especial a Orlando Elias pelas desobstruções realizadas no algar do Ponteiro e sem as quais não seria possível ter prolongado a exploração do mesmo.